quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O quê o quê? Não, obrigado....


O título deste post mistura duas situações com que me deparei num ambiente altamente familiar hoje, em casa da minha avó. A minha prima "R" (como a vou chamar aqui) foi lá almoçar e passar a tarde. Ora bem, à hora do almoço aconteceu uma primeira situação que achei interessante.

AVÓ: Queres mais batatas fritas? Tira!

Prima R: Não, não obrigado... já ‘tou cheia!


Mas daí a uns segundos tirou mais umas batatas.


Passámos a tarde de uma forma muito divertida até chegarmos à hora do lanche (altura da segunda situação). A minha irmã disse algo sobre cortar alguma comida com uma faca. E a minha prima disse "Para quê?". E eu não entendi e perguntei "O quê?!" e a minha irmã finalizou com o famoso "O quê o quê?".

Ora bem, achei que não podia deixar passar em branco aqui no blog estes dois acontecimentos que acho que se podem enquadrar na sociedade de hoje, quase como etiqueta (mais um que outro). A primeira situação é, na minha opinião, uma forma do convidado mostrar respeito: "Não, não quero mais... obrigadinho, não é preciso...não se incomode... não, não...", fazendo caras simpáticas. Mas, desculpa lá prima, não acham que está a ser mais mal-educado assim? Primeiro está a recusar o convite (a não ser que o interveniente já tenha tenções de o convidado reagir desta forma; não me admirava nada) e depois está a desperdiçar comida (por outro lado pode estar a insinuar que o dono da casa é rico, tem muitos bens!).

Na segunda situação, é uma coisa própria dos dias de hoje. E a minha irmã agiu, desculpa lá irmã, como qualquer pessoa que quisesse destoar a conversa agiria. AO colocar um "O quê o quê?" na conversa está a condená-la ao fracasso: ou se vai por aí fora e se entra na (suposta) brincadeira ou acaba-se já ali todas as perguntas que se tinham feito antes (um coisa vem a reboque da outra).

Desculpem se vos pareci maçudo ou demasiado pessoal. Não tenho qualquer opinião concreta acerca destes dois assuntos, mas talvez vocês tenham. O quê? O quê o quê? Reflictam, vá lá... :)

Tiago

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Estou nervoso...

Hoje venho-vos colocar uma questão que pode vir a formar uma discussão um pouco interessante. Por vezes pode parecer que sou um pouco insistente, e de facto sou-o, mas já sou assim desde à uns anos, mais precisamente desde que descobri o significado da palavra "sufista"!

Hoje tive teste de história, e entrega de dois trabalhos para a mesma disciplina, directamente relacionados com a matéria que iria estar presente na ficha. Pois bem, fiz os dois trabalhos, li duas vezes toda a matéria de história e toca a andar. Está sabido! O teste correu-me relativamente bem (estou á espera de uma nota entre 80 e 90) e estava apenas com o nível mínimo de nervos possível. Na verdade, acho que desde cedo sempre consegui controlar os meus nervos, se é que alguma vez estive à beira de os ter (estamos a falar do período antes e durante um teste!!)

Por diversas vezes colegas meus disseram: "Não estás nervoso? Ah, então é porque não estudaste! Não 'tás minimamente preocupado". Hoje, inclusive. Ora digam-me lá: O que é que uma coisa tema ver com a outra? Se eu tiver estudado muito, muito, muito então também não era preciso estar nervoso! Mas, no entanto, é quase como uma regra da sociedade para os bons alunos: estar atrapalhado e com nervos do teste. Estudar em todos os intervalos antes!! É cá uma coisa que até me faz impressão...

Hoje, nomeadamente, saí da segunda aula e disse a duas das minhas colegas que ia comer qualquer coisa ao bar. Mas elas disseram "Ah, e tal, vamos estudar..." e eu também fui. Ficámos ali cinco minutos, juntamente com mais um grupo de quatro ou cinco, todos a ler e a rever a matéria no intervalo antes do teste, todos nervosos a fazer perguntas uns aos outros. E eu cheio de fome! Ora, as revisões que esperem sentadas! Em primeiro lugar, se não comer (e ainda por cima ando constipado) é que não tenho esperança mesmo nenhuma para o teste! E lá fui, comi uma tosta mista, tive tempo de cantar duas musiquinhas para estar calminho e correu tudo bem.

PERGUNTA "EXISTENCIAL": Quem escolheu o melhor caminho?
Tiago

sábado, 27 de outubro de 2007

Limites

Quando estamos a ler um livro, e nos deixamos envolver por ele, chegamos ao fim e parecemos ainda não acreditar muito bem. Apetece-nos que haja mais. mas não há. Chegámos ao limite.

A vida é um privilégio muito grande, em que temos liberdade moderada á nossa disposição. Mas também tem um fim. Um limite. E esse limite chama-se MORTE.

O número de pessoas vivas à face da terra em um limite, ainda que esse limite possa mudar constantemente ao longo de cada minuto. Minuto esse que tem um limite: 60 segundos.

Tudo tem um limite! Até o Universo, pois se dizemos que ele está a crescer, então é porque tem um limite que está a activo mas que no momento seguinte já mudou. A única coisa que penso que não seja possível ter fim é mesmo o tempo.

Tudo está feito através de áreas e de limites. O fim é o limite. E o início? A origem? Todos estes temas são muito abstractos, e baseados em teorias que nunca serão confirmadas, mas penso que vale a pena reflectir em cada uma destas questões. Já agora, terão elas limite?

Tiago

PS: Já recebi o teste de Matemática. Tive 83%! :D Obrigado a todos os que se preocuparam e me desejaram boa sorte ;)

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Dependências

Já ouvi dizer por aí, tanto em meios de comunicação como até em várias conversas o seguinte:

"O Ser Humano é muito influenciável! Uns fazem uma coisa, os outros vão logo a trás!"

Não me parece que esta afirmação esta correcta. O Ser Humano? O Ser Humano é talvez dos animais menos influenciáveis, por ter um cérebro com capacidade de decidir se quer ou não seguir os caminhos dos outros, sejam eles bons ou maus! Mas hoje vinha-vos falar mais dentro da área das dependências.

Quando se fala em dependências, pensa-se logo em 3: Tabaco, Álcool e Droga. Estar dependente de algo é sempre mau, mas por outro lado o objectivo da dependência determina o grau da gravidade. Por exemplo, se uma pessoa estiver dependente dos seus pais, por incapacidades físicas e mentais, isso é mau. Por outro lado, as pessoas dizem logo: "Ah, essa criança vai precisar de muito mais amor e carinho!" Muito mais? Não é previsto TODAS as crianças receberem TODO o amor que possa existir? E o que é afinal o amor? A atenção? As brincadeiras? Os mimos?

Estar dependente é mau. Estar dependente dos doces é mau. Estar dependente dos legumes é mau. Estar dependente do cafe (como muita gente está, arrisco mesmo a dizer que á a maior depêndencia do país) é mau. Estar dependente de brincadeiras é mau. Porque dependência é exagero. Não é moderado, mas sim exagerado. Não vive sem aquilo. Logo, não devemos esperar estar dependentes, mesmo que seja de uma coisa boa.

Pode tornar-se má.

Tiago
PS: Adorava que participassem nas votações na coluna ao vosso lado direito :)

O Anormal.

Por já várias vezes senti uma necessidade imensa de contar algo a alguém, mas não ter ninguém a quem contar. É devastador. Acreditem. Nesses momentos, apetece-me falar, e falar... por vezes até falo alto e sozinho, mas... é como me sentisse atraído por essa solidão e abstenção da opinião.

Quando era mais pequeno, lembro-me que esta situação era muito, mas muito mais forte. Tinha "amigos", mas se não queria falar com eles, do que é que me servia? As recordações que tenho do meu primeiro ano, dentro da escola, são estas:

Os meus colegas a jogarem à bola, onde quer que calhasse.

As minhas colegas e falarem umas com as outras, mas em pequenos grupos.

Eu e mais um ou dois a andarmos, sozinhos, pela escola.


Não, não sou autista.
Nem o fui. Simplesmente ninguém queria brincar comigo e eu não queria brincar com eles. Havia ali uma qualquer barreira, e não tinha a ver nem com o sexo nem muito menos com as idades (tínhamos todos a mesma!). O que mudava eram as mentalidades. Enquanto que todos os rapazes gostavam de jogar à bola... bem, eu não gostava. Enquanto que as raparigas formavam pares inseparáveis... bem, eu não gostava de estar em pares! Gostava de mim, e fui assim, egoísta, até ao meu 2º... 3º ano. EU era o especial. EU era o normal, os outros é que não eram. Para mim.


O porquê de toda esta conversa é o seguinte: Cada um é diferente, sem dúvida, mas existirão pessoas mais diferentes? Haverão anormais? Não me quer parecer!Reparem, todos temos opiniões diferentes. Se concordamos numa coisa, discordamos noutra. Logo, ou todos somos normais, ou todos somos anormais. Porque não existe diferença! Porque todos somos anormais! Todos somos diferentes de uma figura que represente o ser humano, por essa figura simplesmente não poder ser concebida!


Os gregos faziam esculturas do Homem Ideal, mas isso é... desculpem-me o termo, mas isso é estúpido. Ideal? Ou seja, o Homem que concordasse com tudo? O Homem que gostasse de tudo, mas que ao mesmo tempo só gostasse daquilo que cada um de nós gostássemos e nada mais? Cada um é diferente do outro, e isso é inegável. Logo, não há um ideal. Logo, não há um anormal.


Tiago

PS: O teste de matemática correu-me super bem! Quandor eceber a nota comunico-vos... Obrigado pelo vosso apoio e incentivo! São vocês que me ajudam a continuar ;)

domingo, 21 de outubro de 2007

Obrigado, Matemática!


A esta hora devia estar eu a estudar para um teste de matemática que vou ter amanhã, mas vim aqui escrever apenas isto e volto para o estudo. Quase todas as vezes o povo português relaciona Matemática a Chatice, e daí os normalmente maus resultados. Como o meu professor diz, as pessoas gostam de fazer desta disciplina um bicho-de-sete-cabeças. E, segundo a minha experiência, ou as pessoas adoram a disciplina ou a detestam. Depois há aqueles que a detestam mas que têm bons resultados e aqueles que até gostam dela mas não conseguem ter tão boas notas como gostariam. Eu sou nível 4 a matemática (de 1 a 5) e até gosto dela, mas por vezes tenho vontade de dizer que ela não me vai servir para nada.

Hoje estou num dia "Sim" e sinto-me capaz de escrever isto: A matemática é a disciplina mais importante de todas! É a que está mais intimamente ligada a nós e que pode influenciar mais as nossas vidas, conforme o esforço com que a captarmos! Reparem, se não fosse a matemática não teria criado este blog, e não teria reflexões como as que tenho hoje. Não estariam a ler tão fluidamente isto, e não estariam a perceber alguma possivel lógica no que estou a escrever.

É a matemática que me dá a capacidade de ajudar os outros, e de perceber que os outros precisam de ajuda. Problemas que aparentemente nada têm a ver connosco estão ligados a nós, ainda que possivelmente imperceptíveis.

Daí que me sinta hoje tentado a dizer: OBRIGADO MATEMÁTICA! E vocês? Também não têm nada a dizer a esta disciplina?...

Tiago

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O valor de um desenho...

Sinceramente, não sei o que valerá mais. Reflectir sobre um conjunto de frases ou sobre um desenho de uma criança.


Está em estrangeiro, mas não se esforçem por entender as palavras. Apenas os desenhos. Bastam, e valem mais!


Tiago

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Será verdade?


"Camões! Camões! O prémio Camões é muito importante! Camões escreveu os Lusíadas, e salvou-se a si mesmo e ao poema no meio do mar, ao mesmo tempo que todos os outros morriam! Morreu com a Pátria, pois honrou-a e dedicou-a ao rei!"

Hum... a sério?

"Camões!? Camões?! O prémio Camões é de facto importante, mas será a sua denominação a mais correcta? Camões escreveu de facto os Lusíadas? E salvou-se a si mesmo e ao poema no meio de uma tempestade marítima, sendo o único sobrevivente do afundamento do navio, nadando meio mar para chegar a terra? Dedicou o poema ao rei por amor a ele e à pátria?"

Hum... já não sei.

Sinceramente, acho que nunca saberemos. Com todo o meu respeito por Luís de Camões, mas nunca gostei muito da relação existente da sua vida com a sua obra... e certos factos heróicos ou foram inventados ou exagerados. Não quero levantar falsos testemunhos, mas na minha opinião Camões construíu uma vida de farsa. Não acham um pouco... falso... que um homem que se meta em brigas e aventuras à noite, esbanjando todo o seu dinheiro nelas, e que vá parar à prisão por diversas vezes, escreva uma EPOPEIA? Não vos parece um pouco suspeito que ele tenha "escrito" os Lusíadas em Macau onde na altura existiam muitos soldados portugueses, e tenha vindo para Portugal "à pressa" para os apresentar ao Rei? E não vos parece um pouco... irreal... que toda a tripulação do navio afundado tenha morrido, e ele, nadando só com um braço e cego de um olho, com o outro em cima de água, tenha sobrevivido? E onde está afinal a veia amorosa de Camões, que preferiu salvar o poema (que lhe valeria honra e dinheiro) à sua amada que supostamente viajava também no navio?

Mas onde eu queria não era exactamente a este ponto. Era à força da educação. É como um peso gigante que recai sobre nós, e não temos escolha. Quer seja na forma de ver o mundo, na forma de agir, ou até mesmo nas religiões, na maior parte dos casos não temos escolha. Somos o que os nossos pais são. Quer seja bom, ou mau, quer concordemos, ou não, assim somos. E apenas uma pequena parte tem a... "coragem" de mudar por vontade própria. Contam-nos histórias, e, é claro, temos de acreditar. Ensinam-nos coisas, e nós aprendemos daquela maneira e, ao aprendermos pela primeira vez, é difícil mudarmos!

Queria apenas salientar isto, não levem demasiado a sério as minhas dúvidas acerca de Camões. Fui ensinado por muitas pessoas a versão amiga do poeta. Mas, e se não foi?

A força da educação é mesmo esmagadora.

Tiago

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Mais um passo...


Inconscientemente, saímos de casa. Damos um passo em frente. Damos outro. E outro. E outro. E, no entanto, pensamos nisso?

Pego uma folha de papel, e numa caneta. Instintivamente, começo a escrever uma palavra. E depois outra. E outra. E, no entanto, estamos a pensar exactamente no funcionamento e no esforço que o cérebro está a fazer naquele momento para conjugar as nossas diversas aprendizagens?

Não sei se me estou a fazer entender, mas torna-se um pouco isto que estou a dizer. O simples facto de estar a carregar nas teclas do meu teclado mas estar a pensar no resultado final e não no ACTO de “teclar”, faz com que já não esteja a fazer uma coisa de cada vez, aproveitando assim melhor.

No entanto, isto é apenas um ponto de vista, porque, reparem: Se estivermos a fazer mais coisas ao mesmo tempo, vamos ter mais vivências mas, por outro lado, vamos aproveitar menos essas que vivemos. O que valerá mais? Pensar no acto de andar, enquanto andamos e pensar em problemas e vidas, quando temos esse mesmo tempo livre e disponível? E se pensarmos no acto de pensar? Podemos nós pensar no acto de pensar e pensarmos na vida ao mesmo tempo? Acho que é mais difícil do que escrever e estar a pensar noutra coisa.

Parece que o nosso Cérebro gosta de conjugar algumas acções, mas não gosta de conjugar outras. Porquê? Ocupa mais memória e exige mais trabalho? Isso significaria que, se nos esforçássemos nesse sentido, o cérebro iria evoluir nas próximas gerações...

Não sei se o discurso está um pouco confuso, mas achei necessário expor-vos esta reflexão. Porque não vocês também reflectirem, e exporem as reflexões, sobre este tema? Conjugando, ou não, mais do que um pensamento...

Tiago

PS: A primeira votação do REFLEXÕES EXTERIORES terminou á um dia, e os seus resultados vão estar afixados algures na barra lateral direita!

sábado, 13 de outubro de 2007

Sabes? Então explica-me...

Sabes o que é uma Namorada?
O que é uma Namorada?

Quem me conhece bem, sabe porque é que destaquei estas duas perguntas. Tenho duas opiniões muito diferentes neste ponto e queria mostrar cada uma delas em separado. Em qual estarei mais perto da verdade?

Volto a dizer, quem me conhece bem sabe que sou maluco. Maluco, no bom sentido. Não a maluquice doentia, mas a maluquice que cada um de nós tem mais (ou menos) acentuada. A capacidade de supor, inventar, e tentar confirmar. O que tentei fazer ao longo destas duas semanas que passaram foi um exercício para mim, para duas colegas minhas, e para crianças do 5º e 6ºs anos.

Chegava ao pé de um miúdo (perdoem-me a expressão, mas todos somos miúdos), e questionava sempre assim: "Olha, desculpa, sabes o que é uma namorada?". Não anotei o número de respostas positivas, negativas, ou nulas. Mas uma grande parte não respondia, e uma pequena parte respondia: "Sim."

Em seguida, perguntava: "Então, o que é uma namorada?". E eles perguntavam: "Mas tu não sabes mesmo?". E eu: "Não, se não não estava a perguntar!". E eles olhavam para as minhas duas colegas e depois para mim novamente: "Mas tu não sabes mesmo?".

Algumas tentavam explicar "É uma rapariga que gosta de um rapaz". Ao que eu respondia: "Ah, então eu gosto da minha mãe, por isso ela é minha namorada!" Outros respondiam: "É alguém que anda com um rapaz". Então eu respondia, apontando para as minhas duas colegas: "Ah, então elas estão sempre a andar comigo, por isso são minhas namoradas?". Houve dois casos que apreciei particularmente, um de um miúdo do 6º ano que me respondeu: "É o que eu tenho!". Outro do meu professor de matemática (um miúdo já a pender para o sénior!): "É alguém que nos põe a todos os cabelos brancos".

Cheguei a este ponto para vos expor um dúvida. Isto porque a minha irmã fugiu à regra, no meio de todos estes inquéritos. Coitada, leva muitas vezes em cima com estes meus inquéritos, e quando diz que "Não sei explicar" eu respondo "então não sabes o que é". E ela protesta. Quem tem razão? Para sabermos o que é, temos de saber uma definição. Mas, por outro lado, torna-se difícil definir "Ervilha", ou mesmo "Namorada"! E no entanto sabemos do que estamos a falar!

Reflictam nisto, e tentem ajudar-me. Se não forem vocês, serei eu o único. Reflectirei até chegar a uma conclusão sobre este assunto. Seja esse momento quando for...

Tiago

PS: No último post enganei-me no link para a minha arca de poemas e contos: http://www.osmeuspergaminhos.pt.vu/ ---> OS MEUS PERGAMINHOS!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A Balada da Morgue


Hoje venho apresentar-vos um grande amigo meu. De seu nome real Adolfo Correia da Rocha, nasceu faz este ano 100 conjuntos de 365 dias. É conhecido por todo o Portugal como Miguel Torga. É verdade que já morreu há uns bons anos, e que por acaso ganhou o primeiro Prémio Camões da história (falar-vos-ei mais sobre isto noutro post), mas continua a ser um meu grande auxiliar na minha arte de escrever.

Há uns tempos comprei um livro dele, "Poesia Completa, Volume I", e desde então não me tenho separado dele. Leio-o, releio-o, e volto a reler. Hoje, voltei ao segundo poema deste livro, e li-o com a extrema atenção. Chamava-se "A Balada da Morgue", e de imediato me lembrei que aquilo me fazia reflectir. Fazia-me reflectir sobre a importância da vida, e que a devemos aproveitar. Vou citar o poema completo, que vale por um post. Pensem nele e... reflictam!

Balada da Morgue
ao João Gaspar Simões

Olho este corpo aqui deitado
E sinto impulsos de beijá-lo e ter
Toda a força de beijá-lo
Com sugestões de prazer...

Que bruta sinceridade!
Que humildade!
Que vaidade!
Que mentira! Que verdade!
Todo nu! Eu pressenti-o
Dando desejo e fastio...

Não é de mulher, não é;
Nem d'homem; nem d'animal
Irracional:
É d'Anjo predestinado
Que foi sacrificado
Para dar a noção exacta da renúncia!...

Ai! Dos corpos metidos em sarcófagos!...
Ai! De quem morre vestido!...
Nesta luxúria da Morgue
Há todo o satanismo
Que nos foi prometido
No Final...

São os gestos parados;
Os olhos vidrados;
Os ouvidos tapados;
Os sexos castrados
E, por cima de tudo, o silêncio das boas!

Quero
Amar este sol da terra
Que mostra o calor do céu...
Anda aqui toda a loucura
Da razão que não morreu
Nos Sonhos dessa lonjura
Que nos fez, que nos perdeu...

Miguel Torga


Tiago

PS: Para quem gosta de poesia e de ler pequenos contos, visite o meu novo cantinho em que mostro os meus trabalhos no meu mundo... abram OS MEUS PERGAMINHOS! (http://www.osmeuspergaminhos.blogspot.com/)

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Arroz: Uma História!

Hoje vamos reflectir sobre um outro pensamento que provavelmente nos passa ao lado. Vou falar do caso do "arroz", mas são tantos e tantos os restantes exemplos... poderão aplicar ao que vos passar pela cabeça! Imaginemos que chegamos do nosso trabalho e um ente nosso faz-nos uma surpresa, ao dizer-nos que o jantar está já pronto e servido!

Sentamo-nos à mesa e o nosso prato já está completo: uma bifana com arroz de ervilhas.

Das duas uma: ou pensamos nisto que eu vou dizer ou não pensamos. Que histórias de vida já percorreu aquele arroz? Que custo teve até chegar ao nosso prato, quente e pronto a comer, vindo directamente... (deixem-me ir confirmar a marca deste arroz...)... da China?! Não podemos adivinhar, mas podemos supor.

Á cerca de um ano, um grupo de agricultores chineses resolveram criar um negócio de Arroz. Compraram uma propriedade, que não deve ter sido barata, e fizeram as suas plantações (onde devem ter gasto um balúrdio em mão de obra). Em seguida, esperaram pela colheita, tratando dos produtos regularmente. Feita a apanha dos grãos, foi enviado para fábricas especializadas que trataram de curar e embalar o arroz. Foi trazido em aviões até Inglaterra, onde foi registado, e daí para Portugal. Foi colocado à venda, onde o nosso ente o comprou. Tratou de o aquecer... num fogão a gás (que também terá a sua história!).

É como eu disse. Ou pensamos ou não pensamos... já pensaste?

Pois... e vais pensar? :)

Tiago

PS: As respostas da votação são respectivamente: "Sim, já tinha pensado", "Não, mas tenciono pensar" e "Não, e não tenciono". Votem! ;)

domingo, 7 de outubro de 2007

Como aproveitar melhor a vida?


Hoje em dia não ligamos às coisas mais básicas. Apenas vivemos o decorrer dos factos e do tempo, criando os nossos próprios objectivos pessoais e, por vezes, interferindo (directa ou indirectamente) nos dos outros. A pergunta é: Será que não estamos a ser um pouco... mal-agradecidos?

O que quero dizer com isto é que talvez não estejamos a aproveitar ao máximo o que nos está a ser disponibilizado. Quando chove, por exemplo, na maioria das vezes dizemos no máximo: "Está a chover." Não será bem-vinda um pouco mais de expectativa? Não devíamos apreciar a chuva? Não é tão importante, afinal de contas? Então porque não fazemos isso?

Talvez porque somos egoístas. Pensamos apenas no EU de cada um, e esquecemo-nos do mais básico, que é o NÓS! Devemos aproveitar tudo, como se fosse a última vez!

E chegando a este ponto existe mais uma questão: Imaginemos que estávamos à beira da morte, e que estava a chover. Porque razão iríamos apreciar muito mais a chuva do que se estivéssemos num dia normal? "Ai... vai ser a ultima vez que vou ver isto...". Porquê? Porque só quando estamos desesperados é que ligamos para estas coisas?

Dei o exemplo da chuva, mas há tantos e tantos outros! Agora, um pequeno exercício:

Olhem para a janela mais próxima de vocês. Fixem uma nuvem no céu, onde quer que seja. Se não existir, imaginem-na. Agora pensem os caminhos que a nuvem já percorreu até se transformar numa nuvem. Reflictam sobre a idade daquelas partículas de água. E as histórias que contariam, se ganhassem vida.

Tiago

sábado, 6 de outubro de 2007

Reflexões Exteriores


Porque vale a pena reflectirmos sobre a nossa vida, sobre a vida dos outros e sobre tudo o que nos rodeia. Porque vale a pena pararmos para pensar na questão "E se...". Porque vale a pena tentarmos adivinhar coisas, supor coisas. Porque vale a pena aproveitarmos o que nos é dado.

Por isso, devemos reflectir. Devemos reflectir sobre tudo. Das coisas mais desprezíveis (uma minhoca) às coisas mais poderosas (A Natureza) tudo faz parte do nosso mundo. E se pensássemos nisso. E se pensássemos que afinal não estamos sozinhos, porque os outros também existem. Não somos apenas nós.

Porque vale a pena pensarmos, seja no que for. Por isso, criei este blog.

Façamos as nossas reflexões. E exponhamo-las ao mundo exterior.

Tiago