AVÓ: Queres mais batatas fritas? Tira!
Prima R: Não, não obrigado... já ‘tou cheia!
Mas daí a uns segundos tirou mais umas batatas.
Passámos a tarde de uma forma muito divertida até chegarmos à hora do lanche (altura da segunda situação). A minha irmã disse algo sobre cortar alguma comida com uma faca. E a minha prima disse "Para quê?". E eu não entendi e perguntei "O quê?!" e a minha irmã finalizou com o famoso "O quê o quê?".
Ora bem, achei que não podia deixar passar em branco aqui no blog estes dois acontecimentos que acho que se podem enquadrar na sociedade de hoje, quase como etiqueta (mais um que outro). A primeira situação é, na minha opinião, uma forma do convidado mostrar respeito: "Não, não quero mais... obrigadinho, não é preciso...não se incomode... não, não...", fazendo caras simpáticas. Mas, desculpa lá prima, não acham que está a ser mais mal-educado assim? Primeiro está a recusar o convite (a não ser que o interveniente já tenha tenções de o convidado reagir desta forma; não me admirava nada) e depois está a desperdiçar comida (por outro lado pode estar a insinuar que o dono da casa é rico, tem muitos bens!).
Na segunda situação, é uma coisa própria dos dias de hoje. E a minha irmã agiu, desculpa lá irmã, como qualquer pessoa que quisesse destoar a conversa agiria. AO colocar um "O quê o quê?" na conversa está a condená-la ao fracasso: ou se vai por aí fora e se entra na (suposta) brincadeira ou acaba-se já ali todas as perguntas que se tinham feito antes (um coisa vem a reboque da outra).
Desculpem se vos pareci maçudo ou demasiado pessoal. Não tenho qualquer opinião concreta acerca destes dois assuntos, mas talvez vocês tenham. O quê? O quê o quê? Reflictam, vá lá... :)
Tiago