domingo, 27 de julho de 2008

(Sem) Audição - 5 Sentidos

E se um dia, quando acordássemos, não ouvíssemos?

Comunicávamos por gestos, é certo que aprenderíamos, como tantas outras pessoas que, por obra do destino, já nascem sem ouvir! Mas não poderíamos ouvir o grito de quem nos tentava avisar do perigo. Não poderíamos comunicar por telefone ou telemóvel, e a música passava a constar apenas nas velhas lendas, por sua vez contadas por meio dos gestos ou do papel.

Não ouvíriamos a voz doce dos nossos familiares e amigos, tentando confortar-nos. As gargalhadas iriam perder-se no ar. E o silêncio iria reinar.

Não ouvíriamos os pássaros a cantarem alegremente de manhã, nem as brincadeiras das crianças acompanhadas pelos seus risos alegres.

Um mundo sem som seria um mundo mais triste.

Tiago.
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Tenho a anunciar a triste notícia de que o blog Perpendicularidades Paralelas, que tinha sido lançado à um mês e pouco, e que contava com a minha participação e da Patrícia, terminou. A justificação reside no facto de alguns contra-tempos que nos vieram tirar um pouco do ânimo que tínhamos para com o espaço, e a falta de assunto/iniciativa. No entanto, e como ainda acreditamos numa parceria bem sucedida, resolvemos fundar um outro, com um pouco mais de consistência, e com uma área de temas restrita.
Na rubrica de hoje, destaco, portanto, o LYDO E OPINADO!, um blog conjunto que fala acerca de leituras, e que critica algumas obras, ao mesmo tempo que vai dando notícias frescas do universo literário! Contamos com a vossa participação, e as vossas críticas aos livros que destacados (ou não) no blog! Enviem as vossas próprias críticas/sugestões de livros para o mail lydoeopinado@gmail.com para as verem figurar no blog :) E o link é... www.lydoeopinado.blogspot.com Obrigado! :)

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Olhar em Frente

Olhar em frente nem sempre é fácil. Olhem, por exemplo, agora, é-me muito dificl olhar em frente. É assim a sensação de ter tudo nas mãos e, de repente, deixo cair. E parte-se o tudo.

E deixar de olhar para os cacos para passar a olhar em frente e voltar a encontrar mais "tudo" é um bocadinho dificil. E dá vontade de desistir, de me submeter às circunstâncias.

Mas olhar em frente é a solução, e é isso que vou tentar fazer. Todos o devemos tentar fazer. Olhar em frente e ver a vida (mesmo para quem não a vê, acreditem, ela está lá!).

Tiago

segunda-feira, 21 de julho de 2008

As nossas coordenadas

Pior do que uma explosão, só uma implosão. Quando explodimos, somos libertos. Quando implodimos, tudo se condensa e não temos espaço para pensar em nada.

Por isso, se queremos fazer do mundo um lugar melhor, devemos começar por localizar as nossas próprias coordenadas. Descobrir onde erramos e onde acertamos. E quando virmos onde acertamos, intensificar esse acerto.

Tudo começa da coisa mais pequena. Se tivéssemos virado à esquerda e não à direita naquele cruzamento, teríamos chocado contra um carro, em que por acaso seguia o presidente da Républica. Ele seria simpático e convidar-nos-ia para jantar com ele. Depois, dois anos mais tarde, seríamos unha com carne e, quando ele menos esperasse, prepararíamos uma revolução para o derrubar no cargo. Então, seríamos nós o presidente.

Eu sei, foi um exemplo muito estúpido, mas tudo começa com o acto mais banal possível. Se tivéssemos virado à esquerda... se tivéssemos virado à direita...

Por isso, precisamos de linear o nosso caminho e consultar as consequências dele. E melhorar o rumo. Escolher o melhor trilho. Marcar as nossas coordenadas.

Tiago.
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E seguindo com a rubrica, hoje dou-vos a conhecer o "Estrada das Palavras", um dos blogs da Patrícia, uma amiga minha que se iniciou na blogosfera à uns meses atrás. Este blog é essencialmente poesia, poesia pura e sem intermediários; alguns dos seus poemas já adaptados a canções compostas por ela... acreditem, ela escreve bem :)
Visitem http://estradadaspalavras.blogspot.com/

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Temporal

Já o sinto, sim, esta ventania não engana. Olho para cima, e confirmo, o temporal já lá vem.
Abraço-me à minha familia, entro dentro da minha cama, puxo os cobertores para cima de mim. E dou conta que vou perder tudo, vou perder tudo.
Espero, que desespero! Conto cada segundo e recolho-me cada vez mais. É o escuro que encontro debaixo dos meus lençóis. E choro, por ser fraco, por não ter acreditado ser capaz de me salvar.
E o temporal chegou, e o meu mundo desabou. Caí, e não fui suficientemente forte para me levantar. Porque sou fraco, e não espero. Não acredito. Não.

Já o sinto, sim, esta ventania não engana. Olho para cima, e confirmo, o temporal já lá vem. Corro para dentro, chamo quem conheço, aviso do perigo. Levo-os para longe. Depois regresso. Coloco-me no meio da estrada, e vejo a tempestade avançar na minha direcção.
Espero, que desespero! É como esperar pela luta, da qual sairei vencedor. Vejo a luz, as árvores, o mundo, e convenço-me que esta é a minha luta, o meu dever. E sorrio, por saber, que o mundo vai continuar.
E o temporal chegou, e o mundo voltou a respirar. Nem sequer caiu, porque a força do acreditar havia vencido. Porque acreditei. Sim, espero. Sim, acredito. Sim.

Tiago.

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Bem, a partir de hoje vou abrir uma espécie de... rubrica, que vai servir para dar a conhecer alguns blogs que visito e que gosto, dando sempre prioridade aos que têm poucos comentários. Assim, quero dar a conhecer aos outros as boas coisas que se têm na blogosfera e que muita gente não conhece! ;)
Assim, vou inaugurar hoje com o blog "Diário da Seni"! A Seni tem 15 anos e é aparentemente uma rapariga normal. Mas... quem é normal, afinal, se somos todos diferentes*? Neste blog, ela vai-nos contando a história da sua vida, dia-a-dia, à medida que vamos percebendo quem ela é. Ao ler os posts dela, parece que estou a ler um romance. Como uma vida pode ser tão interessante ;) Aconselho! Visitem:
----> http://www.sennifaro.blogspot.com/

* Ver post: http://reflexoesexteriores.blogspot.com/2007/10/luz.html

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Mosaicos

No outro dia descobri uma coisa: o mundo é uma parede de mosaicos.

E sabem como é que descobri isso? Encontrando a minha própria peça. É azul, tendo alguns toques de branco e outros de verde muito suave. Encontrei-a no chão, vejam lá, enquanto dava uma daquelas caminhadas pela mente de que já vos falei. às vezes gosto de fazer exercicio... mental, e por isso aventuro-me pelo passado.

Ora acontece que, desta vez, achei algo que nunca tinha achado! Um pequenino mosaico, um quadrado de 2 cm de lado, aproximadamente. E concluí logo que teria que encontrar mais.

Procurei por todos os lados nas minhas memórias, mas parecia que aquele estava destiado a ser o único que chegava a descobrir. E então perguntei ás outras pessoas se também tinham achado um mosaico... agumas disseram-me que sim, outras que não...

E então juntei o meu mosaico ao das outras pessoas, e formou-se um padrão. Juntas, as peças abstractas tornavam-se mais nítidas. Descobri, então, que tudo era um puzzle. Que a sociedade é a junção de todas as pequenas peças. Que o mundo é uma parede de mosaicos.

Tiago.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Vila Nova de Milfontes

Após ter visistado há uns meses Monsaraz, no interior do Alentejo, este fim-de-semana chegou a vez de Vila Nova de Milfontes. Situada no litoral alentejano, a meio caminho entre Lisboa e Algarve, esta vila surpreendeu-me pela positiva, pelo movimento que aparenta ter durante o Verão, e pelas praias limpas e boas que tem.

Fiquei instalado nuns apartamentos bastante perto da praia, e para almoçar e para jantar ia aos restaurantes do centro histórico; belos petiscos, digo eu, e alguns restaurantes de se tirar o chapéu!

As paisagens eram espectaculares, com vista para o rio/mar (já que a zona apanha a foz do rio), e, sim, sou um sortudo, levantei-me às 6 e meia da manhã para ir ver o nascer do sol! Já não o fazia há uns 3 anos!

Gostei, mergulhei um par de vezes, almocei e jantei bem, dei bons passeios... e, por falar em passeios, é exactamente esse o defeito desta vila! As ruas são estreitas e os passeios quase enexistentes... quase que éramos obrigados a andar nas estradas! Agora o mar (ou melhor, o fim do rio)... sem comentários, vejam a sua beleza pelos vossos olhos!


Foi uma boa experiência, e espero lá voltar dentro de uns anos, para rever e para explorar algumas coisas que ficaram por experimentar :)


Tiago.

PS: Hoje o meu tio Carlos faz anos... parabéns! E amanha é a vez da minha irmã... por isso, desde já, aqui deixo os parabéns também a ela! =D (É só aniversários...).

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Memórias

É tão fácil

Abrir a arca

Das memórias.

E é tão bom

Deixarmo-nos levar

(nem que por uns segundos)

Por elas.

Sim, é verdade, eu gosto. Por vezes, penso mais no passado do que deveria pensar. Dou por mim a pensar coisas como "e se tivesse feito isto", ou "e se tivesse seguido pelo outro caminho"... o que teria acontecido? E dou graças por ainda cá estar, vivo, a escrever isto.

Com o passado preparamos o futuro, vivendo o presente. É uma frase bonita e acho que todos nós deveríamos adóptá-la. :)

Tiago.