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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O Xadrez e a nossa Vida

[Esta reflexão começa por estar apenas virada para o xadrez, mas aos poucos vai-se voltando para grandes questões filosóficas acerca do livre arbítrio.]

O xadrez é um jogo que se joga numa área de 8 quadrados por oito quadrados, e onde entram 16 peças para cada lado, ou seja, no total, 32. Diz-se que é um género de jogo de batalha, a imitar uma guerra em que, segundo umas determinadas leis vitais para as peças (que se encaixam perfeitamente na sua realidade), se tenta destruir o rei adversário. Ora o xadrez tem muito mais do que se lhe diga do que simplesmente as regras em si. Por exemplo, o facto de ter regras.

Quantas vezes eu já ouvi dizer "Gostava de poder voar"? E "gostava de ser jovem para sempre"? Mas não podemos. São as nossas leis. As do xadrez são mais restritas ainda: além das peças não poderem voar, e de não terem a liberdade de viverem para sempre (porque nem sequer têm a liberdade de nascer], são obrigados a andar num determinado sentido um determinado número de quadrados (excluindo a rainha que representa, talvez, no meio de toda esta metáfora, o louco sonhador que diz que voa e que nunca envelhece).

Dizemos que somos livres, mas não somos. E há quem diga que não somos livres, oh, mas somos, e bem!

Para quem diz que somos livres, pensem na opressão que a sociedade e a natureza nos impôem! As leis que nos são impostas, e o bom senso de não andarmos nus pela rua, mesmo de Verão. E o medo? O medo que sentimos por alguma coisa, não importa o quê? Não nos condiciona? Não nos aprisiona?

Para quem diz que não somos livres, que se coloquem ao pé de um peão do jogo de xadrez, que só pode andar uma casa em frente cada vez que se mexe e só pode andar na diagonal se houver uma peça para comer (ou matar) nessa direcção. Se calhar não é preciso irmos tão longe: coloco-se lado a lado com um escravo (sim, ainda existem, nós próprios somos escravos!), ou com um cidadadão de um país onde não exista democracia (e sim tirania). E se quem está a ler isto pertença a alguns destes casos, que se conforme pensando nas peças de xadrez.

O Ser Humano não é livre nem deixa de o ser. Vive perante as suas leis. As suas regras do jogo. A pergunta que se coloca é: "quem encontrar livre-arbítrio algures na nossa vida, ponha o dedo no ar.".

Tiago.

domingo, 13 de abril de 2008

A Filosofia de Calvin & Hobbes


Carreguem na imagem para a verem completa
Desculpem não ter dito nada durante todo este tempo, mas a escola recomeçou e no inicio custa sempre um bocadinho a arrancar. Quero dizer, este ano também não vai ser propriamente fácil a parte terminal... exames, e tal...
Mas mudemos de assunto, pois vou tentar compensar este período de duas semanas de silêncio no blog com uma reflexãozinha acerca da Filosofia. Quem lê o nome deste blog, associa um pouco a filosofia; pelo menos, há mais probabilidades de associarem a esse tema do que a bolachas, ou a férias nas caraíbas. E apesar da Filosfia não estar presente no blog de forma explícita, tenho intenção de fazer com que haja uma presença assídua desta nos posts do próximo ano lectivo. Pelo menos vou ter o apoio do manual do 10º ano para fundamentar temas =P [Apesar de ter a noção de que a filosfia que se aprende na escola é, pelo menos, de uma forma inicial, muito pouco creativa; pensando bem, posso compensar essa falta de creatividade aqui no Reflexões Exteriores]
Para quem conhece Calvin & Hobbes [não acredito que haja alguém que não conheça] sabe que as tiras e as histórias no geral são todas à base de filosofia. O rapaz pega num príncipio e adapta-o à sua realidade, satirizando-o. Como tenho na minha casa um familiar que simplesmente adora banda desenhada, inclusivé esta, de vez em quando pego num dos 4 ou 5 livros de 100 páginas de Calvin & Hoobes e leio umas tiras. Há primeira vista, é uma simples visão infantil do mundo. Mas não é. E é mais do que significados poderosos e teorias humanistas que estão ali descritos. É pegar nelas, e ter a compreensão de as perceber, para depois as distorcer e adaptar.
Deixo-vos uma tira, para que percebam o que vos quis dizer [carreguem na imagem da tira para a verem completa]. E, para quem não conhecia, ou nunca leu, deixo também o conselho.

Tiago'

PS: Para quem não percebeu, o último post era uma partida do dia das mentiras :D
PS2: Para quem gosta de ler, e de livros no geral, disponibilizo o link de um blog de passagem OBRIGATÓRIA que contém criticas a livros, anúncios de lançamento, estantes originais, fotografias de colecções de livros de diversas pessoas... é espetacular! Visitem -> http://estante-de-livros.blogspot.com/
PS3: Têm 4 dias restantes para votarem na votação das eleições americanas, na barra direita do meu blog!